Atualmente o esporte que ganha cada vez mais praticantes diários tem sido a corrida. Contudo, o esporte envolve diversos processos biomecânicos que não têm sido divulgados a esses iniciantes. Tais aspectos são fundamentais na prática dessa modalidade por ajudarem na eficiência do esporte e na preservação de alguma lesão corporal que pode acontecer com o corredor.
Para dar início é importante ter noção de alguns conceitos básicos. O pace se refere ao ritmo médio de um corredor entre um km e outro. Ele é calculado a partir da divisão da quantidade de km percorridos pelo corredor e o tempo em que ele levou para terminar o percurso. Este é um termo importante pois ele apresenta o compasso do corredor, desta forma, quanto menor o pace melhor o desempenho do atleta.
O termo seguinte é a pisada, ela é o termo usado para se referir a como o corredor pisa no chão durante a corrida. Há três tipos de pisadas, a primeira é a pisada com o retropé onde o calcanhar é a primeira região a encostar na superfície, a segunda é chamada de médio-pé, quando há um toque simultâneo entre a parte da frente e a parte de trás do pé e por último o antepé, quando a parte da frente atinge o chão primeiro. O conhecimento deste termo é fundamental pois ele diz sobre a absorção do impacto e dependendo da forma em que é feito o amortecimento pode ser prejudicial para o corredor.
O texto propõe trazer um estudo a respeito da preservação do corpo do atleta com o objetivo de aprimorar sua eficiência no esporte. Dessa forma, para este objetivo ser alcançado serão abordados aspectos biomecânicos facilitadores para a compreensão do público geral.
Ao praticar o esporte é possível observar que o domínio das fases da corrida é valioso. Há duas fases: fase do balanço e do contato. A fase do balanço é também conhecida como a fase aérea, no decorrer desta fase temos a atuação do ciclo alongamento-encurtamento, além do impulso para frente e a preservação de energia. Esses dois últimos envolvem a mecânica e a primeira lei de Newton, a inércia, que diz que um corpo em repouso tende a permanecer em repouso.
A segunda fase, fase do contato, é dividida em duas subfases. A primeira delas é a fase de apoio que norteia-se na aterrissagem do calcanhar no solo gerando uma força contrária ao deslocamento a frente, esta parte exige uma disposição muscular para o amortecimento. Neste momento ocorre o auge de força de reação do solo revelando a segunda lei de Newton, esta lei diz que toda ação gera uma reação, na fase de apoio há também uma absorção de energia. A segunda subfase é chamada de despregue, nela ocorre uma transferência de energia elástica que junto ao sistema cardio respiratório mantém-se o sistema muscular ativo.
Figura 1
Ao compreender as fases da passada, o atleta pode ter uma melhor eficiência no esporte aprimorando o padrão mecânico. O aumento da fase aérea apresenta uma redução da frequência de passada o que também auxilia para uma melhor performance, um menor número de passadas tem como resultado menor número de pico de impacto, reduzindo o risco de lesão.
Além das fases, é importante ter uma compreensão mais aprofundada sobre a pisada. Como visto anteriormente há três tipos de pisada, porém a melhor delas é aquela que se inicia com o antepé. Ela é a mais eficiente e segura pois o impacto é transferido proporcionalmente entre o pé, joelho e perna sem prejudicar nenhum dos três. É importante ressaltar que a pisada não deve ser feita apenas com o antepé (ponta do pé) e sim seguir a ordem: antepé, mediopé e retropé. Se assim não for seguido, será criado uma sobrecarga na panturrilha do atleta. Portanto o médio pé e o retropé também devem tocar no chão.
Figura 2
Há também uma diferenciação em como o pé absorve o impacto, que ocorreria na inclinação do pé quando o seu meio está encostado no chão. O pé pode realizar a absorção pela parte externa, interna ou distribuída igualmente.
A absorção pela parte externa é chamada de supinada, nela ocorre uma inclinação do pé para fora. Já a inclinação na parte interna é chamada de pronada. E por último, a chamada de neutra, não exerce nenhuma inclinação e absorve o impacto de forma equivalente em todas as regiões do pé. Ela é a ideal, justamente por não comprometer nenhuma área, evitando lesões.
Figura 3
Os aspectos mencionados são cruciais para o desempenho e preservação do corredor. Eles têm grande importância para o atleta que busca melhorar no esporte. Portanto é fundamental que ele desenvolva uma auto percepção para identificar os pontos que necessitam de aprimoramento.
Além disso, é essencial destacar que existem profissionais especializados no estudo da corrida. Portanto, é recomendado que o corredor encontre um especialista que o acompanhe nesta jornada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1]https://www.researchgate.net/profile/Aylton-Figueira-Junior-2/publication/346790003_Mud e_sua_vida_em_5_km/links/5fd0d84a92851c00f85fb7b0/Mude-sua-vida
[3]https://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-BR&as_sdt=0,5&as_vis=1&qsp=1&q=an%C3 %A1lise+biomec%C3%A2nica+da+corrida&qst=bb
[4]https://jornal.usp.br/atualidades/artigo-levanta-discussoes-sobre-padrao-de-pisada-de-cor redores/
[6]https://www.clinicaphysico.com.br/tudo-sobre-biomecanica-da-corrida/ 7- https://blogeducacaofisica.com.br/biomecanica-da-corrida/
Comments