A ciência cognitiva é o estudo científico da mente que tem como objetivo elucidar processos e estruturas que tornam a cognição possível, vendo-a como um processador de informações. Seu estudo adota uma abordagem interdisciplinar, envolvendo uma combinação de psicologia, filosofia, ciência da computação, antropologia, linguística e neurociência.
Eis que surge a dúvida: como um único campo pode combinar disciplinas tão contrastantes? Isso é possível dado que cada disciplina estuda a mente de uma perspectiva diferente.
A psicologia se concentra principalmente nos comportamentos e atitudes que governam a mente. A filosofia forma a base de como pensar e fornece a estrutura teórica para a ciência cognitiva treinando o cientista na construção de ideias claras e na apresentação de argumentos convincentes. Já a ciência da computação vê o cérebro como um sistema computacional levantando a hipótese de que o cérebro é um sistema de entrada-saída como um computador com nós interconectados. A antropologia se concentra no aspecto social da mente e como a cognição varia entre as culturas, enquanto a linguística adota uma perspectiva de que a mente é algorítmica e sistemática, levantando a hipótese de que o cérebro tem nós interconectados e é um sistema de entrada-saída, como o de um computador. Esta última, em especial, é significativa para tal ciência pois é um sistema algorítmico exclusivo dos seres humanos, sendo uma das características mais relevantes na diferenciação entre a espécie humana e outros animais. Assim, estudar a origem e as regras da linguagem pode nos dar mais informações sobre o cérebro humano. Por fim, a neurociência investiga a fisiologia cerebral e a relaciona com todas as outras disciplinas citadas, estabelecendo as origens físicas para processos cognitivos e ainda criando possíveis tratamentos para distúrbios cerebrais.
Dada sua fundamentação teórica em diversos nichos de conhecimento, a ciência cognitiva oferece uma variedade de empregos em cada um desses seis subcampos. Há um mercado enorme para graduados em ciências cognitivas no campo da inteligência artificial, análise de dados, telecomunicações, análise de inteligência, design multimídia, direito, marketing, design de software e psicologia, por exemplo.
Portanto, conclui-se que, apesar de ser um um campo relativamente novo, a ciência cognitiva é um objeto de estudo promissor. Sua natureza interdisciplinar lhe dá uma base sólida de entendimento do cérebro e da mente, possibilitando seu entendimento e análise a partir de diferentes perspectivas, oferecendo uma ampla e completa base de conhecimento sobre o cérebro. Além disso, sua variedade de enfoques a tornam um pilar comum à diversas carreiras, dentro e fora do campo acadêmico.