Na Física, uma órbita é qualquer trajetória de um corpo que está sujeito exclusivamente à ação de forças gravitacionais. Em outras palavras, se um objeto está se movendo sob a ação da gravidade, seu caminho pode ser chamado de órbita. Isso significa que, tecnicamente, até mesmo um copo caindo no chão descreve uma "órbita".
Na prática e, na grande maioria dos casos, usamos a palavra órbita para descrever uma trajetória fechada e cíclica, realizada por um corpo ao redor de outro em função da atração gravitacional entre eles.
Figura 1: Órbitas do Sistema Solar
Existem vários tipos de órbitas, alguns exemplos são:
Órbita Elíptica: os corpos se movimentam em um movimento elíptico, ou seja, um eixo gira em sentido horário e o outro eixo no sentido anti-horário. Isso faz com que não se forme um movimento circular correto, bem como um movimento linear definido, gerando assim um movimento de forma elíptica.
Órbita Geoestacionária: órbita caracterizada por acompanhar sempre um ponto definido, ou seja, ele acompanha a rotação da Terra apontando sempre para o mesmo ponto no globo terrestre, além de ser a órbita utilizada pelos satélites artificiais.
Órbita Epicíclicas: é um pequeno círculo formado por um astro em torno de um ponto imaginário, que descreve, a partir de seu novo ponto, um outro círculo.
Órbita Kepler: descreve o movimento de um corpo orbitando em trajetória, elíptica (em forma de elipse), parabólica ou hiperbólica (em forma cônica), que forma um plano orbital (bidimensional) num espaço tridimensional. Uma órbita Kepler também pode formar uma linha reta.
Com as leis de Kepler, estavam colocadas as bases para explicar toda a mecânica do Sistema Solar, bem como de qualquer sistema estelar convencional. A lei da gravitação universal, de Newton, permitiu compreender e calcular as forças de atração existentes entre corpos celestes de diferentes massas e tamanhos. Partindo-se dela, completamos a compreensão e podemos calcular as acelerações gravitacionais de superfície, as velocidades de escape e as relações entre massa, períodos e raios orbitais de sistemas.
Figura 2: Lei da gravitação universal
Definições:
(F) é a força
(G) é a constante gravitacional
(M1) é a massa do objeto 1
(M2) é a massa do objeto 2
(r) é a distância entre os centros das massas
Sabemos que os planetas descrevem órbitas elípticas ao redor do Sol e que os satélites naturais de cada planeta também o fazem ao redor do planeta. Como estas órbitas são uma elipse, existirão momentos em que os corpos estarão mais próximos entre si e momentos em que estarão mais afastados.
Gif: Trajetória elíptica
Existem dois momentos em que a órbita pode ser posicionada. Por Afélio, o ponto da órbita onde o planeta está mais distante do Sol (ponto A) e Periélio é o ponto da órbita onde o planeta está mais próximo do Sol (ponto B). Como as órbitas são elípticas, o movimento dos planetas não é uniforme; sendo que, quando o corpo está mais próximo do Sol, este se move mais rápido do que quando está mais afastado, o que está implícito na 2ª Lei de Kepler.
Os movimentos orbitais são muito importantes, principalmente para as estações do ano como, primavera, outono, inverno e verão, as quais variam de acordo com a posição orbital do planeta em relação ao Sol. Elas ocorrem graças ao movimento que a Terra faz em torno dessa estrela. Por conta da posição da órbita, os hemisférios Norte e Sul sempre estarão com as estações opostas.
Figura 3: Movimentos da Terra
Sabemos que a Terra e assim como os demais corpos celestes não são estáticos, pois estes realizam movimentos, os quais do nosso planeta, são responsáveis por fenômenos astronômicos, como solstícios e equinócios, a existência do dia e da noite, a contagem do ano, entre outros. E entendê-los é fundamental para compreender a complexidade e a dinamicidade do Universo.
Solstícios: Corresponde ao posicionamento do Sol em seu limite máximo, ou seja, ele estará em seu auge a norte ou a sul. Assim, um dos hemisférios estará recebendo maior insolação.
Equinócio: Corresponde ao posicionamento médio do Sol em relação à Terra, ou seja, o Sol estará iluminando igualmente o hemisfério Norte e o hemisfério Sul. Portanto, ambos os hemisférios, neste momento, recebem igual iluminação.
A Terra realiza diversos movimentos, porém, nem todos produzem um efeito direto em nossas vidas. Há dois principais movimentos realizados, cujas consequências são sentidas e vividas diariamente. São eles:
Rotação: A rotação é o movimento que a Terra realiza em torno do seu próprio eixo, provocando alternância nos períodos de insolação direta nas regiões do planeta. Esse movimento é realizado em um período de 23 horas, 56 minutos e 4 segundos. A rotação ocorre no sentido anti-horário, de oeste para leste. Assim, o sol nasce a leste e se põe a oeste, servindo de referência de posição há muitos anos. O movimento de rotação resulta na sucessão de dias e noites devido à diferença de ilusão nas diversas áreas do planeta.
Translação: A translação é o movimento que a Terra realiza em torno do Sol e assim percorrendo uma órbita elíptica. O movimento de translação é realizado em um período de 365 dias, 5 horas e 48 minutos. A translação é realizada ao mesmo tempo da rotação.
Sendo assim, os movimentos orbitais são extremamente fundamentais, já que, a duração desses movimentos e a trajetória percorrida resultam em fenômenos astronômicos vivenciados por nós ao longo dos anos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FILHO, Júlio de Mesquita. Movimentos da Terra. Disponível em: http://www2.fct.unesp.br. Acessado em: 21 de fevereiro de 2024
O.SARAIVA, Maria de Fátima. Movimento anual do Sol. Disponível em: https://www.if.ufrgs.br/~fatima/fis2016/aulas/mov_anual_sol.htm. Acessado em: 24 de fevereiro de 2024
RIBEIRO, Aline. O movimento retrógrado dos planetas. Disponível em: https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/o-movimento-retrogrado-dos-planetas/. Acessado em: 24 de fevereiro de 2024
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