A influenza aviária A (H5N1) representa um mal mundial que já afetou e ainda afeta diversas populações de seres vivos infectados. Ela apresenta grande impacto no comércio, principalmente aquele de produtos avícolas. Detectada inicialmente em 1997, na região de Hong Kong, o vírus contou com diversos ciclos pandêmicos, além de uma série de infecções humanas com considerável letalidade, decorrentes do contato dos indivíduos com animais e com ambientes contaminados.
Apesar da incapacidade do patógeno de transmissão entre duas ou mais pessoas, é relevante considerar a alta capacidade de mutação do vírus e sua decorrente adaptação a distintos modos de propagação, além de hospedeiros de diferentes espécies, incluindo, além de aves e humanos, mamíferos como gatos, cavalos e, em destaque na atualidade, vacas. Afinal, fragmentos do vírus H5N1 pertencentes à gripe aviária foram encontrados em ⅕ de amostras de leite testadas pela FDA (Food and Drug Administration) nos EUA, onde um rapaz no Texas também acabou contaminado.
Figura 1 - Possíveis hospedeiros do vírus H5N1
A influenza aviária costuma ser transmitida por aves migratórias que transportam o microorganismo por longas distâncias ou mesmo na venda de aves vivas. Sobre esta questão, é importante considerar a possível magnitude de transmissão dessa doença entre humanos em razão da globalização, a exemplo da recente pandemia da Covid-19.
Diante disso, a OMS (Organização Mundial da Saúde), recomenda o consumo somente de leite pasteurizado, isto é, aquele que passou por altas temperaturas para a eliminação de microrganismos nocivos ao leite a fim de garantir a morte do agente infeccioso da influência aviária antes do consumo. Mesmo com esse processo, observa-se que fragmentos do vírus ainda podem permanecer no líquido e ainda não é claro se ocorre a transmissão da doença pelo consumo do leite, meio pelo qual outros patógenos se transmitem.
No Brasil, a gripe aviária foi diagnosticada pela primeira vez em aves silvestres, em maio de 2023, e, assim como na escala mundial, representa um mal a ser enfrentado. Diversas medidas de prevenção podem ser implementadas, incluindo a conscientização de consumidores e produtores quanto à identificação de aves ou mesmo de outros animais infectados, além do estabelecimento de zonas de quarentena e até a produção de vacinas.
Assim, o fortalecimento da vigilância e da conscientização se mostra algo essencial a fim de reduzir os riscos de infecção humana e de uma futura pandemia.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
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