É uma verdade universalmente conhecida que a ciência é um dos conhecimentos mais preciosos da humanidade. Tendo sido desenvolvida durante vários séculos por diversas civilizações, o campo científico foi tão explorado pelo ser humano quanto os mares foram desbravados durante as Grandes Navegações. Entretanto, a Ciência é caracterizada por ser uma área extremamente mutável, na qual os conceitos e teorias podem mudar ao longo dos anos. A Física, ciência responsável pelo estudo dos fenômenos naturais, é um forte exemplo de como as ideias evoluíram durante séculos de pesquisa.
A Ciência em questão é dividida em áreas: Cinemática, Hidrostática, Termodinâmica, Elétrica, Ondulatória e Óptica. Todas essas foram áreas descobertas e aprimoradas no passado e que buscam entender os segredos do planeta. Todavia, pouco se sabia que esses conhecimentos, já tão vastos, não seriam suficientes para explicar tudo da imensidão do Universo.
A Física Moderna surgiu há pouco mais de cem anos com o intuito de descobrir as leis da natureza daquilo que é Macroscópico ou Microscópico. Ou seja, estuda aquilo que é muito grande, como um Buraco Negro, ou o que é muito pequeno, como o Mundo Quântico. Construída a partir de mentes como a de Albert Einstein e Erwin Schrödinger, ela ainda é majoritariamente desventurada, mas já explicou muitos fenômenos curiosos jamais antes imaginados pela sociedade.
Uma das fascinantes teorias desenvolvidas na Física Moderna foi o famoso Big Bang. Segundo ela, nos primórdios do Universo, tudo estava concentrado em um volume tão infinitamente pequeno que a densidade era praticamente infinita, conceito que entende-se por “singularidade”. Assim, possuía-se uma pressão tão grande que, quando finalmente foi-se liberada toda a energia que havia naquele pequeno espaço… BOOM! Houve uma grande explosão. Desde então, o Universo começou a se expandir e não parou até os dias de hoje, aumentando com uma velocidade aproximada de 63,4 quilómetros por segundo por megaparsec (uma distância equivalente a 3,26 milhões de anos-luz.).
Para os especialistas, a teoria do Big Bang representa o início de todo o Universo e tudo que nele existe. Tudo que já se sabia sobre ciência derivou de uma Força Única, enorme, uma consequência da energia gerada pela grande explosão. Entendeu-se que essa força original se dividiu em quatro Forças Elementares (Gravitacional, Eletromagnética, Nuclear Fraca e Nuclear Forte), que derivaram-se para criar todas as outras forças presentes no cotidiano humano, ditando o modo como a matéria interage entre si. Por exemplo, a Força Peso, muito conhecida pelos estudantes, é apenas uma das possíveis variações da Força Elementar Gravitacional, assim como a Força de Atrito deriva da Força Elementar Eletromagnética (aquela que está em toda a interação entre átomos ou matéria).
É difícil aceitar que se simplifique tudo que se há a apenas um conceito, o de Força Única, mas a verdade é que tudo no Universo surgiu a partir de algo muito mais simples, embora extremamente mais poderoso. Para entender isso basta apenas pensar em um Tsunami, de poder tão devastador e destruidor que causa horror à países inteiros, mas que se origina devido à um simples bater de placas. O choque entre dois corpos é uma realidade tão comum que, quando se pensa sobre as placas tectônicas nessa perspectiva, é causado um estranhamento, especialmente devido à intensidade de suas consequências. E essa mesma linha de pensamento se aplica à simplicidade poderosa da origem do Universo. Origem tão poderosa esta que foi necessário apenas um pequeno intervalo para que a Força Única se dividisse nas quatro Forças Elementares, período tão curto que é considerado o menor valor de tempo possível pela ciência, um instante de apenas 10-43 segundos, conhecido pelo nome de Tempo de Planck.
Max Planck, responsável por essa descoberta, foi um renomado cientista alemão conhecido como o pai da Física Quântica. Por mais que algumas pessoas vejam o intervalo que recebeu seu nome como algo ridículo ou inaceitável, é fato que, por mais que este seja um valor, sim, minúsculo, possui suas bases bem fundadas pela Física Clássica. Por meio de seus cálculos, Planck utilizou da consequência para poder explicar a sua origem, ou seja, ele usou verdades já conhecidas da ciência, as quais sabia que surgiram a partir da Força Única, para calcular o valor que a ela poderia ser atribuído. algo tão complexo quanto a criação de tudo pode ser tão simples quanto a explicação do quase nada
Assim, ele separou três das sete medidas fundamentais (tempo “T”, massa “M” e espaço “L”) e as aplicou nas três constantes mais importantes do mundo macroscópico e microscópico: Constante Gravitacional “G”, aquela presente na fórmula da Gravitação Universal “Fg = G . M1 . M2d2 “; a Constante de Planck “h”, presente na fórmula fundamental do Mundo Quântico “E = h.f”; e a Velocidade da Luz “c”, velocidade máxima que uma onda pode atingir.
Ele as simplificou a partir destas três medidas, afirmando que elas não eram nada além de uma derivação de valores mais fundamentais. Dessa forma, a Constante de Gravitação “G” seria equivalente à “ T-2. M-1. L3”; a Constante de Planck seria igual à “M . L2 . T-1”: e a velocidade seria “L . T-1”. Deste modo, com a fórmula certa, Planck poderia achar a relação do fundamental com o absoluto, e, para isso, eram necessários alguns expoentes.
Assim, como não se sabia quais seriam as potências a elevar as constantes, deu-se a ela três valores desconhecidos: alfa, beta e gama, incógnitas, como a maioria dos mistérios sem respostas. Então, sabia-se que para o tempo (expresso por T1. M0.L0) seria de mesmo valor ao produto das equivalências antes achadas elevadas às três incógnitas. Portanto, no papel, a simplificação da equação já multiplicada seria: “T1. M0.L0 = T--2-. M-.L2+3+”. Claro, parece algo fora deste mundo, mas se se observar os algoritmos com calma, percebe-se que a equação apenas diz que alfa e beta têm o mesmo valor, “0,5”, enquanto a incógnita gama é 5 vezes menor, sendo igual à “- 2.5”.
Dessa forma, ao pensar na fórmula com seus valores aplicados, entende-se finalmente que a afirmação de Planck foi que o tempo fundamental “t” é igual à multiplicação das principais grandezas conhecidas, sendo necessário apenas achar a qual grau elas precisam aparecer, resposta que exemplificou em “T = h1/2.G1/2. 1c5/2”, ou seja,”T = h.Gc5 ”.
Portanto, o cientista afirmou que, substituindo nesta fórmula os valores já obtidos das constantes (respectivamente 6,63.10-34; 6,67.10-11 e 3.108) seria encontraria aquele valor que divide uma pequena bola em um grande e infinito espetáculo, 10-43 segundos. Então, algo tão complexo quanto a criação de tudo pôde ser tão simples quanto a explicação daquilo que se é diário.
Mesmo com tudo isso, não se pode negar a grandiosidade da maravilha que é o magnífico resultado do Big Bang. O Universo, expande-se cada vez mais, convidando o ser humano a desafiar suas barreiras e continuar desbravando seus segredos, assim como já fizeram Planck, Einstein e diversos outros. A Física Moderna é nova e interessante, e pode parecer demasiado complexa, mas é na realidade apenas um fruto de tudo o que já se sabe, uma derivação, e o que são as coisas do dia a dia se não apenas um resultado de algo pequeno? Então é necessário se aprofundar, sem ter medo de números e letras, porque os mistérios do mundo são apenas pequenos disfarces para algo muito mais simples de se entender.
Referências Bibliográficas:
Se mostrar pra Magno ele chora de tão orgulhoso 👏👏👏