A NASA recentemente atingiu um asteroide pequeno e que não apresenta risco à terra a milhões de quilômetros de distância, a partir de um experimento nunca feito antes para salvar o mundo. Uma espaçonave chamada DART (Double Asteroid Redirection Test) mirou em um asteroide com a intenção de atingi-lo a 22.500 km/h, de tal forma que o impacto foi o suficiente para empurrar o asteroide para uma órbita diferente. Tratou-se, assim, do primeiro teste real de defesa planetária: uma demonstração da possibilidade de desvio caso um asteroide que apresenta ameaça à terra seja descoberto.
O asteroide usado como alvo é Dimorphos, descoberto em 1996. Ele têm aproximadamente 160 metros de diâmetro; gira tão rápido que os cientistas acreditam que ele lançou um suposto material que eventualmente participou da formação de uma lua; se encontra a cerca de 9,6 milhões de quilômetros da Terra; e não apresenta risco algum ao nosso planeta. Por não oferecer perigo, ele foi uma boa escolha para testar tal tecnologia. A NASA insiste que há risco nulo de qualquer asteroide ameaçar a Terra – agora ou num futuro próximo. Ainda assim, é importante ter um mecanismo de emergência para caso o evento ocorra.
O laboratório norte americano Johns Hopkins, localizado em Baltimore, Maryland, adotou uma abordagem minimalista no desenvolvimento do DART, já que esse essencialmente enfrentará destruição certa. A máquina em questão possuía apenas um instrumento: uma câmera usada para navegar, mirar e registrar a ação final.
Os gerentes do projeto estavam confiantes de que o DART não iria colidir com asteroides maiores por engano. A navegação da espaçonave foi projetada para distinguir entre asteroides e, nos 50 minutos finais, mirar no menor.
Do tamanho de um ônibus escolar de 570 kg, a espaçonave se chocou com cerca de 5 bilhões de kg de asteroide. A menos que o DART errasse seu alvo (a NASA estimava que as chances disso acontecer eram menores que 10%), seria o fim para a espaçonave.
Câmeras no DART e um mini satélite captaram a colisão de perto e a NASA, além de transmitir ao vivo o momento do choque, postou as imagens em suas redes sociais.
Mesmo que o impacto em si tenha sido imediato, apenas se saberá se a órbita foi ajustada após as observações finais, que podem levar meses para ocorrer. Os observatórios estão rastreando o asteroide enquanto circula o sol para confirmar que o DART alterou a órbita do Dimorphos.
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